terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Do dia que eu quis te odiar.

Era uma sexta-feira. Sexta passada, pra ser mais exata. Eu, com medo da gente ficar quase duas semanas sem se ver, cancelei todos os meus compromissos só pra ficar perto de você. Só que aí se somou a minha pressa doida + a sua monografia e o que era expectativa se transformou num desencontro. E aí, no ápice da minha carência e dos meus hormônios descontrolados, achei que você não queria era fazer esforço pra me ver. E fui embora pra casa brava.

No ônibus, eu olhava pela janela suja e chorava de raiva. Voltei pra casa, me enrolei nos travesseiros e comecei a me coçar descontroladamente. E antes de finalmente adormecer, eu fiz uma promessa: amanhã eu vou te odiar, durante 24 horas.

Então no sábado eu já abri o olho repetindo pra mim mesma: "só por hoje eu te odeio". Acordei numa disposição louca, afim de fazer qualquer coisa que não fosse pensar em você. Decidi que mudar meu quarto de lugar seria uma boa saída. A cama, o armário, tudo. Trocaria todos os móveis.

Aí eu coloquei a discografia do Porcupine Tree na maior altura e comecei a cantar mais alto que o som, enquanto o meu quarto se transformava num mar de poeira e sujeira. Acessei meu email, procurei tudo quanto fosse programa pra fazer no sábado à noite com os meus amigos que acentuasse o meu ódio.

Acabando a troca dos móveis, era hora de lavar a roupa suja, no sentido literal da coisa. Fui separando o que estava limpo e o que não estava. E eu na minha mania besta de cheirar a roupa pra ter certeza que ela não está suja, caí na besteira de pegar aquela blusa branca. E constatei que não só ela estava limpa, como estava com o melhor cheiro do mundo. Um perfume que não era meu. O seu perfume.

Quase que automaticamente o meu celular apitou. Fui correndo verificar. Era uma mensagem sua perguntando o que eu estava fazendo. Sem pestanejar respondi desesperada: "nada, tou em casa, vem me ver". E você veio, lindo, cheio de abraços e beijinhos de presente, mesmo eu estando toda suja e descabelada por conta da mudança maluca. E o resto você sabe exatamente como foi.

Jogar meus planos estapafúrdios pelo ralo. Assim, sem nenhum esforço. Das coisas que só você faz.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Muita fofura pra uma pessoa só.

Aí eu não aguentei e tive que dividir:



if you were a candyman;
with eyes made of gumdrop,
a heart filled with marzipan;
then i tell you so, that i wouldnt share;
cause no one can have you but me.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Das coisas que só rolam no meu almoço

Desde semana passada, eu decidi que ia tentar levar uma vida mais saudável, diminuindo a coca-cola e aumentando a saladinha. Até que um dia desses, lá estava eu na fila das saladas, lutando para colocar o máximo de verde suportável no meu prato, quando alguém cutuca o meu ombro:

- QUÊ IIISSO AÍ?

Uma mulher que eu nunca vi na vida apontava pro meu prato. Eu educadamente respondi:

- É brocolis.

- E ISSO É BOM?

- Não, é uma merda, por isso que eu como, odeio comer o que eu não gosto. É sim.

Dei as costas e prossegui a via sacra das folhinhas.

- NOSSA, VOCÊ TÁ COLOCANDO ERVILHA?

- Sim.

- NOSSA, VOCÊ É A PRIMEIRA PESSOA NA VIDA QUE EU VEJO COLOCANDO ERVILHA NO PRATO! - E lotou o prato de ervilha.

Corri em direção às carnes. Eu tentei.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Vulcão - parte II

Isso não é novo, não, é só mais uma fase de descobertas.
O que eu realmente preciso é o que me faz sangrar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Síndrome da Catástrofe Antecipada

Há duas semanas, eu tinha uma palestra pra apresentar em uma multinacional importante. Redes Sociais e o mercado B2B, coisas que eu saberia falar numa boa. E depois de passar tudo o sufoco e quase parir um filho, eu cheguei à conclusão de que eu sofro da síndrome da catástrofe antecipada. Funciona mais ou menos assim:

Quando eu tenho que falar em público, seja uma palestra, uma apresentação de produto ou whatever, eu não costumo ensaiar. Primeiro porque eu me sinto uma imbecil treinando com um espelho. E segundo porque eu parto do pressuposto que, se eu tenho domínio do assunto no qual eu vou falar, não preciso ficar de enrolação. Eu simplesmente abro a boca e as palavras vão saindo.

Só que, esse excesso de segurança sempre se torna um pesadelo um dia antes do evento. Dá-lhe gastrite, dá-lhe insônia, e quando eu consigo finalmente pegar no sono, o despertador toca dois minutos depois, avisando que não tem mais jeito, o negócio é abusar da maquiagem pra espantar a cara de sono.

E é aí que começa o meu tormento de verdade. Toda vez que eu vou fazer algo do tipo, eu vou prevendo possíveis acidentes que possam me isentar da responsabilidade.

Eu acordo torcendo pra ficar rouca. Nada. Uma dor de barriga. Nada. Os minutos passando. Saio pra comprar café na esperança de torcer o pé. Nada. Volto pra casa, como e ligo pro táxi. E torço pra ele furar o pneu comigo dentro. Ou pegar um daqueles engarrafamentos históricos. Mas não, o trânsito flui normalmente e em cinco minutos eu tou lá. Procuro a recepcionista e ela diz que eu estou adiantada, as outras pessoas ainda não chegaram.

Ok, se o meu pneu não furou, ainda existe a possibilidade do de alguém furar. É isso, por isso que eles estão demorando. Daqui a pouco meu celular toca dizendo que não vai rolar palestra.

Aí todo mundo chega, e a gente sobe pra organizar as coisas.

O notebook podia estar descarregado. Ou cair no chão e estragar pra sempre. Quem sabe se eu derrubar café em cima dele sem querer? O projetor podia não ser compatível.

As pessoas começam a entrar na sala, e se ajeitarem para a palestra.

Será que tem alguém cardíaco? Podia rolar um princípio de enfarto. Mas só um princípio mesmo, pra dar um sustinho. Ou a diretora receber uma ligação urgente daquelas que todo diretor recebe e ela ser cancelada.

Começa a palestra. Ela seria dividida em duas partes, e eu cuidaria da segunda. Ou seja, mais 30 minutos pra alguma coisa acontecer.

Um avião podia chocar contra a empresa, numa área onde não tivesse ninguém. Ou um foco de incêndio surgir do nada. E se o Cloverfield fosse real?

A apresentação dele acaba, começam as palmas. Fudeu, é minha vez.

E se eu desmaiasse? Fingir um ataque de epilepsia será que rola? Ou um surto psicótico e sair correndo e gritando com os braços abertos?

Mas aí não tem mais jeito, chegou a minha vez. Então eu começo a falar, e o nervosismo vai se esvaindo aos poucos. No final, eu nem lembro mais de ter ficado nervosa. O resultado é a sensação de que eu fiz bem feito. Mas não tem jeito. Eu sempre vou antecipar catástrofes.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

No matter how careful you are, there's going to be the sense you missed something, the collapsed feeling under your skins that you didn't experience it all.
There's that fallen heart feeling that you rushed right through the moments where you should've been painting attention.
Well, get used to that feeling. That's how your whole life will feel some day.
This is all practice.


- Chuck Palahniuk

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Muito Mais

Você pediu, eu vim.
Aos poucos me entreguei:
o corpo,
a mente,
o coração enfim.
E tem muito mais pra vir...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Blog Day 2009

Blog Day 2009

Ontem foi o Blog Day, eu pra variar esqueci, eu pra variar vou postar atrasado. Aqui e .

1 - Daily Bunny: Um coelho por dia. Simples assim.

http://dailybunny.org/


2 - Vintage Disney Alice:
O maior colecionador de coisas da Alice que eu já vi. Inveja eterna dele.

http://vintagedisneyalice.blogspot.com/

3 - Bonecos animados: projeto da Cris, minha ex-professora de animação, em parceria com um monte de gente. Prato cheio pra quem, assim como eu, adora animação.

http://bonecosanimados.blogspot.com/

4 - De(coeur)ação: Dicas e ideias bonitas e simples, que vivem me inspirando a decorar meu cantinho.

http://www.decoeuracao.com/

5 - Aurgasm: ele não leva esse nome atoa. 90% do que é postado ali pode ser considerado orgasmo musical. Durante anos eu escondi esse blog de todo mundo, mas a verdade é que ele é bom demais pra ser acessado só por mim.

http://aurgasm.us/

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Aos poucos:

A mente.

E tem muito mais pra vir...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O feijãozinho no dente.

É aquele tipo de situação. Você tá numa festa, interagindo com um milhão de pessoas jovens e descolada. E estão servindo deliciosos bolinhos de feijão. E você como todo mundo que tá ali, tá arriscada a passar um vexame a qualquer momento. Mas né, é feijão, e você adora feijão.

Eis que, pra sua infelicidade, um pedacinho de feijão gruda justo no seu dente. Ele é tão pequeno que você nem percebe. Mas seus dentes são grandes e branquinhos, então ele vira um holofote. E todo mundo começa a perceber.

Só que como é muito mais fácil deixar pra lá, ninguém te conta que tem um feijão ali. E você continua a conversar, a rir, sem saber do que tá acontecendo. Você passa a perceber que todos estão de olhando de um jeito estranho, mas você é meio psicótica desde que nasceu, então né, vai ver é cisma.

Até que alguém com um pouquinho de espírito solidário te chama até o banheiro, e te conta: "olha, comentaram comigo que tem um pedaço de feijão no seu dente, e eu reparei e tem mesmo. então tou aqui te dando um toque pra você tirar."

Aí é claro que você moooooooooooooooooooorre de vergonha. Tira o feijão calmamente, mas fica pensando em tudo o que passou durante o tempo que tava com o feijão.

A próxima meia hora você vai passar no banheiro querendo desaparecer, teletransportar, dissolver e escorrer pelo ralo, qualquer coisa do tipo. Mas depois se vai se tocar que é bobeira ficar assim, e no final vai rir de tudo com a galera.

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Porque é isso que todo mundo deveria fazer: avisar toda vez que tiver um feijão no dente alheio. Eu avisaria.

A história do O.

Há muito tempo atrás, alguém me deu um presente. Não era meu aniversário, nem nenhuma outra comemoração especial. Era só alguém com vontade de me dar um presente, aí foi lá e me deu.

Na época, eu não entendi o porquê. Confesso que fiquei até com raiva. Então eu guardei o presente no fundo de uma caixa, tentando achar algum sentido praquilo.

Passou um ano. Passaram dois anos. E hoje eu finalmente abri o presente.

Hoje eu finalmente entendi.



Thank u.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Vulcão.

Você me dá milhas e milhas de montanhas, e eu vou te pedir o mar.


Arroz é um gênio.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Murphy e a hora do almoço

Quem lê o Não tem Limão há, algum tempo, deve saber que um dos meus blogs favoritos é o ISAC - Isso Só Acontece Comigo. Não só porque as histórias são boas, mas porque é bom saber que existe gente por aí mais azarada que eu.

Acontece que não tem jeito, Murphy é apaixonado por mim, é meu stalker nº 1. E quando ele resolve cismar comigo, basta 1 hora e meia pra que ele consiga arruinar um dia inteiro meu. Tipo hoje.

Tudo começou com meu pai me lembrando que eu precisaria ir ao centro às 11h45 pra resolver umas pendências de plano de saúde. Mas como pro meu pai muito nunca é demais, ele fez questão de me ligar pelo menos umas três vezes pra reforçar. Ok, lá vamos nós enfrentar o inferno.

Tudo já começou errado pelo horário que eu saí da agência: 11h11. Eu falo que esse horário é maldito, mas ninguém acredita em mim. Enfim, fui caminhando lindamente para o ponto, e é óbvio que faltando um quarteirão pra eu chegar o ônibus passou. Tudo bem, eu tinha mais uma opção. Que também demorou pra passar.

Não sei o que rola no centro na hora do almoço, mas parece que todo o calor do mundo se concentra ali, em uns 10 quateirões, incluindo o que eu precisava ir. Desci no ponto errado, andei feito louca no sol, mas enfim, 11h45 lá estava eu no lugar combinado, indo encontrar meu pai e meu irmão.

A mulher começa a chamar os nomes da lista. Nenhuma das pessoas que ela chamava estava ali, mas em momento nenhum ela chamava nossos nomes. Aí eu fui verificar e descobri que estava marcado para o dia 24, e não para o dia 23, como o meu pai havia pensado e fez questão de frizar 32 vezes na minha cabeça. (y)

Claro que ele não assumiu o erro e de quebra tentou transferir a culpa pra mim. Nisso meu sangue subiu, despedi rápido do meu irmão pra não perder a paciência e fui andando em direção à civilzação, descendo aqueles morros horrorosos, repletos de gente feia, suja e suada na Avenida Paraná.

Nessa altura do campeonato eu já estava bem atrasada, e preferi comer no centro pra não demorar mais ainda pra voltar. MC Donalds, here we go.

Mal sabia eu que essa seria a pior decisão do meu dia.

Como eu não como picles, muito menos cebolas, meus pedidos diferenciados sempre demoram. Mas existe uma sutil diferença entre demorar e DEMORAR PRA CARALHO. Que foi o que aconteceu comigo.

Só pra completar, já que tudo estava muito lindo e muito bom, enquanto eu esperava impacientemente, parou uma senhora do meu lado com seus três filhos. Imaginem a minha voz quando eu fico brava e começo a falar estridente assiiiiiiiiiim. Agora multipliquem por 374. Era a voz da tal senhora.

Até aí tudo bem, se ela tivesse chegado lá e feito o pedido e saído fora. Mas Murphy continuava lá. A infeliz NUNCA tinha pisado num MC Donalds na vida, e queria saber de todas as promoções, do que vinha em cada hambúrguer, o preço de tudo e cada uma das surpresas do MC Lanche Feliz. E a cada sílaba pronunciada, aquela voz ecoava no meu cérebro, soando como unhas grandes num quadro negro.

Sem exagero algum, a tortura durou pelo menos 15 minutos. Depois disso o meu pedido chegou? Não, o dela. Eu ainda tive que esperar mais uma eternidade, enquanto a mulher lerda do caixa olhava pra mim com sua cara de lerda e não se movia. Levem a mal não, mas pior que o meu ódio de gente lerda, é o meu ódio de gente lerda COM CARA de lerda.

500 minutos depois, meu pedido chegou, eu embalei pra viagem e saí, em direção ao ponto de ônibus. Que pelo visto devia ter acabado de passar, já que eu levei mais uma boa meia hora esperando o próximo, enquanto tostava no sol.

E assim finaliza mais um lindo dia de almoço na minha vida. E com a plena consciência de que amanhã esse ritual vai se repetir.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Chaveirinhos.

Eu queria escrever lindos post de dia do amigo aqui, demonstrando como cada um de vocês é importante na minha vida, isoladamente e em conjunto. Mas aí me bateu um sono absurdo, e eu não vou perder tempo falando o que todo mundo tá cansado de ouvir.

Só sei que eu Amo cada um de vocês. Do meu jeito estranho de amar as pessoas, mas sim, eu amo. Incondicionalmente.

Feliz dia dos brothers.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Aos poucos:

O corpo.

E tem muito mais pra vir...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Com Você

Ondas no céu, nuvens no mar, tudo de pernas pro ar com você. Tão difícil de explicar, mas tão simples de compreender...

Ave Maria, me faz gostar de quem gosta de mim. Se for você, que seja assim, mas se não for, me deixe ir.

Pois esse amor é meu amor, e é só meu. E o que lhe cabe é se render à tanto ardor sem ter medo.

Mas que nada, quem me dera se eu pudesse tudo que o meu imenso amor agora insiste em querer. Nem que eu tivesse à minha porta os anéis de Saturno, o sol e o futuro, eu só desejaria você!

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Vem nimim, 22 de agosto.

domingo, 7 de junho de 2009

Das coisas que eu não entendo nos relacionamentos: o perdão

Esse era pra ser um post sobre a hora certa + o lugar certo, mas eu acabei me afundando em uma maré de pensamentos confusos até que nada do que eu tava escrevendo fizesse sentido mais.

Muitas pessoas dizem que eu sou rancorosa, porque não perdoo fácil. A verdade é que eu não consigo esquecer as coisas fácil, sejam elas boas ou ruins.

Vamos exemplificar com um clichê dos relacionamentos:

As pessoas se amam, Roberto Carlos e tal, até que um belo dia decidem terminar. então aquilo que elas sentiam vira um ódio sem limite, uma troca de agressões pau pequeno x frígida e, pronto, o pé de guerra está instalado.

Aí começam as covardias, um procurando os meios mais sem escrúpulos pra acabar um com a vida do outro, de maneira que ultrapassa as barreiras do sentimental e começa a afetar na vida pessoal, profissional, o que for. E pronto, vai assim, até que um consiga realmente reduzir o outro a nada, e cada um segue seu rumo.

Então, meses depois, as pessoas se reencontram. E com a carência falando mais alto, decidem que se amam e que devem ficar juntas e casar e ter filhos e Roberto Carlos de novo. Por um medo de ficar sozinho somado à uma insegurança sem limite, elas voltam. E ignoram todo o mal que já fizeram um pro outro. E que irão fazer de novo no dia que isso tudo acabar.

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Eu juro que nunca entendi isso, nem sei se um dia vou entender. E se não aceitar as coisas numa boa e nem fingir que nada aconteceu for rancor, prazer, esse é meu nome.

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Esse post é só pra dizer que eu não estava lá.

domingo, 31 de maio de 2009

Budapeste


É o nome de um dos filmes que vi semana passada. Não foi nem de longe o meu favorito, mas teve algo que me chamou a atenção. O filme fala de um escritor anônimo, que escreve pra outras pessoas e passa os créditos para elas, mas não consegue escrever para si.

E eu me identifiquei pelo tal moço. Sou redatora e amo o que faço, como todo mundo sabe. Não tenho dificuldade em escrever sobre nenhum assunto, e gosto de desafios. Mas sempre que é pra escrever pra mim, de mim, trava tudo. Mesmo quando é sem compromisso.

Talvez eu devesse sair das sombras. Ou criar um pseudônimo. Ou viajar pra Budapeste.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

A geladeira da Família Dinossauro

... é a melhor definição do que o MSN representa para mim.




E é por isso que se não fosse o quebra cabeça multiplayer, eu aboliria essa joça da minha vida pra sempre.

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Créditos para a Lisie, que sempre tem os melhores exemplos.

domingo, 26 de abril de 2009

Lei it Shine

Estou com muito sono pra fazer uma imagem decente ou um post explicando, mas não poderia deixar de compartilhar isso daqui. Assistam.

Honda - Lei it Shine

quarta-feira, 22 de abril de 2009

"Flashmob" de coisa séria

Imagine uma sirene ecoando por todos os cantos da cidade durante dois minutos. Quando ela começa, os ônibus, motos e carros param e as pessoas descem. Motoristas ou pedestres, todos param na posição que estirevem e assim permanecem, até o som desaparecer por completo. Então, prosseguem suas vidas normalmente.

Daria uma excelente idéia para um flashmob, não é? Mas aqui o assunto é sério. Trata-se de Yom Hashoa, o dia de lembrar do Holocausto, comemorado uma vez por ano em Israel. Em respeito aos milhões de judeus assassinados na 2ª guerra, todos prestam essa homenagem.




Um outro mais curtinho, mas que dá pra ver melhor as pessoas:


Uma das demonstrações de respeito mais bonitas que eu já vi em toda minha vida. Só me deixa triste saber que mesmo se houvesse um motivo válido, algo do tipo nunca daria certo no Brasil.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Namorados e a páscoa

Pelo menos umas 5 pessoas que namoram reclamaram comigo que não ganharam nem um ovinho no domingo. Aí eu vos perguntos, senhoras e senhores, de que serve a porcaria de um relacionamento se não for pra ganhar ovos e coelhos na páscoa???



Feliz dia dos coelhos. :B

segunda-feira, 23 de março de 2009

רגשות

Eu procrastinei (como sempre) pra escrever sobre o carnaval, até que eu tomasse algumas decisões e entendesse o andar da carruagem. Mas eu esperei tanto que chegou num ponto que tudo virou meu demais pra poder contar pra alguém.

A verdade é que, num certo dia de 2007, depois de uma briga feia com o Daniel, eu decidi que se eu quisesse realmente ir pra Israel, ele não poderia ser meu único conhecido por lá. Por isso saí à procura de alguém conversável no myspace. Depois de horas e horas fuçando em perfis borings, eu achei um cara muito bonito que me fez ter vontade de continuar vasculhando. E pra minha surpresa, ele não só era bonito, como também tirava fotos como ninguém. E gostava de Opeth. Pronto, tava ali o meu mais novo candidato a israeli chaver. Mandei um email pra ele sem esperanças, e dois dias depois tive resposta.

Desse dia em diante, foram quase dois anos de emails todo dia, de dar nós no fuso horário pra conseguir conversar 5 minutos que fosse, e de construir uma confiança que eu não pude com muita gente daqui. Até que um dia eu recebi uma mensagem "Tou indo pra America do Sul, quero passar em Bh e te ver". E ao contrário do que muita gente imaginava, veio mesmo. Com um sorriso lindo no rosto, muitos presentinhos e um abraço daqueles que a gente não quer desgrudar.

Então num dia do nosso carnaval, enquanto rolava um banho de cerveja, eu enfrentei uma chuva descomunal que mudaria muita coisa. E aí no meio de uma quase hipotermia, de muito abraço apertado pra não congelar, muito ivrit, pulgas italianas, viagens longas, lugares altos, mar bravo, sofá gelado, colo quentinho e outros milhões de coisas que só eu entenderia, foi que eu percebi que eu tava do lado de uma das pessoas mais fodas que já foram inventadas. E dei valor a cada minutinho que nos foi dado.

Mas considerando que Murphy é meu vizinho de porta, e que minha vida não é um filme de romance, é claro que ele tinha que morar em uns 18 continentes de distância. E é claro que eu tinha que ser de um signo de terra, pra não conseguir levar nada sério adiante nas circunstâncias que nos foram oferecidas.

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Aí uma vez alguém muito inteligente me ensinou uma coisa:

É assim que funciona

Você procura dentro de você.
Você pega as coisas de que gosta, e tenta amar as coisas que pegou.
E então você pega todo esse amor que você fez e crava no coração de outro alguém, bombeando o sangue de outro alguém.

E andando de braços dados, você espera não se machucar.
Mas mesmo se isso acontecer, você simplesmente vai fazer tudo novamente.

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Alô 2010, quanto tempo falta pra você chegar mesmo?

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Shesh

Meu querido Craviée do Meio Interessante me passou um meme há uns 300 dias, mas só hoje eu consegui responder. As regras eram:

1 - Linkar a pessoa que te indicou;

2 - Escrever as regras do meme em seu blog;

3 - Contar 6 coisas aleatórias sobre você;

4 - Indicar mais 6 pessoas e colocar os links no final do post;

5 - Deixar a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela;

6 - Deixar os indicados saberem quando você publicar seu post.

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Enfim, vamos lá:

1- Eu aprendi a ler e a escrever quando tinha 3 anos, sem ir pra escola, sem ninguém me ensinar. Na verdade, minha mãe acredita que foi aos 2, mas só foi comprovado aos 3.

2 - Toda vez que eu durmo de meia, eu tiro a do pé esquerdo dormindo e mantenho a do direito.

3 - Eu não consigo dormir com espelhos voltados pra mim.

4 - Eu tenho extrema dificuldade de me apegar às pessoas, e deixo de sentir falta delas numa velocidade tão rápida que chega a ser prejudicial.

5 - Eu já cantei em um coral e era afinada como poucos, mas depois que conheci os cigarros e o àlcool, minha voz me abandonou. Às vezes, eu penso em voltar.

6 - Eu não sei conviver com muitas mulheres ao mesmo tempo, sempre preferi o Clube do Bolinha ao da Luluzinha.

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Laranja, Marcelo, Lisie, Tessa, André e quem mais quiser responder.
Tou com preguiça e sem tempo de fazer links.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Self Note



Se um dia tiver filhos, nunca matriculá-los no CSA.
E passar longe das excursões deles.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Her Morning Elegance

Eu vi em inúmeros blogs as pessoas postarem um certo vídeo essa semana. Extremamente bem pensado e produzido, ele merecia cada um dos links e dos elogios recebidos.

Acontece que pouca gente deu os devidos créditos. Portanto, eu me encarrego dessa parte.

O músico:

Oren Lavie é um judeu maravilhoso pegael cantor israelense de músicas com um pouco de folk, um pouco de indie, e um muito de letras bem escritas. Há quem compare ele a Elliot Smith, há quem compare ele a Tom Waits. Eu não sou de comparações, mas posso garantir que é daqueles que a gente escuta e vicia.

Além disso, o site dele é uma delícia, em formato de livro pra gente poder folhear todo: http://www.orenlavie.com/book.html
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Os diretores:

Yuval é animador e diretor e animação, e Merav é designer gráfico. Juntos, eles formam o One Wing Fly, e realizam trabalhos fantásticos de recorte, motion graphics, fotografia, stop motion, animação, etc, dentre os quais eu destaco o clipe Postcard do meu queridíssimo ídolo Amit Erez.

Vale a pena checar o portifólio dos caras: http://www.onewingfly.com/
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O clipe:

Sem sombra de dúvidas, o melhor pixilation que eu já vi:

domingo, 25 de janeiro de 2009

O Menino do Pijama Listrado

É muito difícil descrever a história de O Menino do Pijama Listrado. Normalmente, o texto de orelha traz alguma dica sobre o livro, alguma informação, mas nesse caso acreditamos que isso poderia prejudicar sua leitura, e talvez seja melhor realizá-la sem que você saiba nada sobre a trama.

Caso você comece a lê-lo, embarcará em uma jornada ao lado de um garoto de nove anos
chamado Bruno (embora este livro não seja recomendado a garotos de nove anos) E cedo ou tarde chegará com Bruno a uma cerca.

Cercas como essa existem no mundo todo. Esperamos que você nunca se depare com uma delas.
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Eu não vou falar muito porque todos sabem das minhas opinião. Mas esse foi o único livro que em 22 anos me fez engolir em seco pra não chorar no final.

Quem tem preguiça de ler, deveria abrir uma exceção, porque é pequeno e de linguagem fácil. Mas para os que não suportam livros em hipótese alguma, se tudo der certo, o filme estréia mês que vem em Belo Horizonte. E parece ser tão imperdível quanto o livro.


Trailer.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Pink, it's my new...

... obsession alergia.

Porque como se não bastasse todas as outras que já não são normais, eu resolvi adquirir a mais bizarra de todas as que já ouvi falar:


Sim, sabonetes cor de rosa.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Murphy e os Livros




Das coisas que só rolam comigo: ser abordadas por velhinhas fanáticas por literatura no ponto de ônibus, querendo saber qual livro é aquele nas minhas mãos, quando o exemplar em questão é "Minha Vida de Stripper". Eu até pensei em narrar a história aqui, mas foi tão estranho e constrangedor que eu simplesmente não consigo.

Apesar disso, o livro é excelente. Recomendo. Mas leiam em casa, por favor.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

2009

2008 acabou, 2009 já começou na correria e eu não tive tempo pra sequer pensar em posts. Eu havia me prometido que esse ano seria mais frequente, mas sei que vai acabar sendo como sempre.

No geral, 2008 foi um ano morno, sem grandes acontecimentos. Mas nem por isso um ano ruim. Do contrário, vai ser daqueles anos pra se lembrar com carinho.

Enfim, vamos à tradicional lista de conclusões:

1) O que você fez em 2008 que nunca tinha feito antes?
Atuei em um curta. Quebrei o pé. Arrisquei alguns diálogos em hebraico. Gostei de ninguém.

2) Você manteve as resoluções de ano novo de 2008 e fará novas para 2009?
Eu não costumo fazer resoluções.

3) Que lugares você visitou?
Rio de Janeiro e Felixlândia. Não viajei quase nada.

4) O que você gostaria de ter em 2008 que faltou em 2007?
Dinheiro sobrando. Tempo sobrando.

4) Que data de 2007 vai ficar marcada em sua lembrança?
09 de agosto, festa do pé de volta.

5) Qual sua maior realização no ano?
Conseguir um emprego bacana e comprar meu notebook.

5) Qual foi o seu maior fracasso?
Acreditar que as pessoas fariam o que eu faço por elas.

6) Você teve alguma doença?
Todas as viroses possíveis.

7) Qual foi a melhor coisa que você comprou?
Meu notebook, sem dúvidas.

8) Que comportamento mereceu comemoração?
Quando eu consegui falar não pr'aquilo que, embora eu quisesse muito, só me fazia mal.

9) Que comportamento foi deprimente?
Afastar de quem eu gostava muito por causa de outras pessoas.

10) Pra onde foi a maior parte do seu dinheiro?
Roupas, comida, boates e álcool.

11) O que te deixou realmente excitado?
Planejar meu próximo carnaval.

12) Que canções sempre vão te lembrar de 2008?
Fiz um Top 20 no Blip, olha lá.

13) Comparando-se com essa época, no ano passado, você está:

I. mais feliz ou mais triste? mais feliz.
II. mais magro ou mais gordo? mais gorda, sem sombra de dúvidas.
III. mais rico ou mais pobre? mais rica.

14) O que você queria ter feito mais?
Viajado mais.

15) O que você queria ter feito menos?
Trabalhado, evitado as pessoas.

16) Como vai passar o reveillon?
Passei com uns amigos jogando Imagem & Ação e bebendo Heineken.

17) Você se apaixonou em 2008?
Não.

18) Qual foi seu programa de TV favorito?
No momento, acho que Dexter.

19) Você odeia alguém hoje que não odiava há um ano?
Sim

20) Qual foi o melhor livro que você leu?
1984.

20) Qual foi a sua maior descoberta musical?
Inúmeras.

21) O que você quis e conseguiu?
Ser reconhecida pelas coisas que faço.

21) O que você quis e não conseguiu?
Economizar grandes quantias em dinheiro.

22) O que você fez no seu aniversário?
Almocei no Eddie com uns amigos.

23) O que teria feito o seu ano infinitamente melhor?
Se eu tivesse mais tempo pra aproveitá-lo.

24) Como descreveria seu modo de se vestir em 2008?
Disfarça-gordurinhas.

25) O que manteve a sua sanidade?
A falta de tempo pra pensar em coisas ruins.

25) Qual episódio da política que te deixou mais puto?
A política em Geral

26) De quem sentiu falta?
De quem foi pra longe, de quem já estava longe, de quem afastou sem motivo.

27) Quem foi a pessoa mais legal que você conheceu?
Encho, Lisie, Nimal, Craviee.

28) Diga uma lição valorosa que aprendeu em 2008:
Ser solteiro é uma opção, e as pessoas deveriam aprender a gostar de ser livres e encontrar a felicidade dentro de si.
Não faça nada esperando que o façam de volta.