Quase Não
Hoje de manhã eu fui trabalhar com uma música grudada na cabeça. Mesmo que eu tentasse cantar outra, quando eu menos esperava ela tava ali, de novo. Tocou tanto no replay do meu cérebro que eu tomei ódio, birra da tal música, e coloquei uma outra random na cabeça.
Eis que, voltando pra casa, eu tentei lembrar qual música era. too late. Não vinha por nada. Cansei todas as possíveis, imagináveis, e ela não vinha, nem uma letra, nem uma nota. Desenvolvi um câncer, cheguei em casa e lembrei: Quase não.
Vai você sem despedir de mim
E eu, parado no amargo da música
Escorre dos meus dedos seu anel de juras
E choro calado comigo
Foge dos meus braços, fica o lastro forte
Intacto da nossa estrada
Leva meus abraços para te esquentar
Acaso você se arrependa
Se pelo menos soubesse dizer a razão
De que maneira encarar o espelho na escuridão
Sua dor não se revela ou será que finge?
Vai, perdoa pelo bem que te fiz
Vai sem culpa e leva meus pedaços,
Meu retrato pálido e adeus
Tudo aqui, solidão
Tudo agora indiferente
Tudo assim, quase não
Só o que finda nesse instante
Tudo em mim, pelo chão
Tudo agora indiferente
Tudo assim, quase não
Sol que finda nesse instante
___
Ps.: Não tentem caçar chifre em cabeça de cavalo. Essa música não remete a nada.